domingo, 12 de agosto de 2012

ARTETERAPIA: ALÉM DAS ABORDAGENS E OLHARES... UM CRESCIMENTO



Angélica Shigihara[1]
Eliane Bruél[2]
Elisa Tesseler[3]


A Associação de Arteterapia do Estado do Rio Grande do Sul (AATERGS) vem, desde sua formação em 2003, preocupando-se em construir espaços para a troca de experiências entre arteterapeutas do RS e outros profissionais de áreas afins. Durante a primeira reunião do ano de 2007, a diretoria e os/as sócios/as da AATERGS presentes sentiram a necessidade de compartilhar experiências e conhecimentos, bem com divulgar a Arteterapia no Estado. Para tanto, de forma pioneira, convidou-se os/as sócios/as para juntos criarem o primeiro Ciclo de Arteterapia de Porto Alegre. Estes poderiam apresentar projetos de workshops e palestras com temáticas que atingissem não só profissionais da área, mas também outras pessoas interessadas em conhecer esta abordagem terapêutica. Desde 2007 houve diversos encontros em Porto Alegre e no interior do estado, proporcionando oportunidades de intercambio em diversos locais, ateliers e cidades.

Resumo: Este texto refere-se à apresentação de uma proposta de Ciclos de Arteterapia promovidos pela AATERGS a partir de 2007, que foram desenvolvidos, sistematicamente, a fim de compartilhar experiências entre pessoas interessadas na área bem como divulgar seu trabalho.
Acreditamos que vivenciar as mais diferentes formas de expressão artística ajuda-nos a elaborar e organizar questões existenciais e conteúdos emocionais, para tanto os workshops de caráter terapêutico propostos visam estimular e ampliar a consciência e estabelecer a possibilidade de novas relações através do exercício criativo.
Palavras-chaves: Arteterapia; Compartilhar experiências; Conhecimentos e intercâmbio.


Arteterapia: Além das abordagens e Olhares... um crescimento

Abstract:. this text refers to the presentation of a proposal for Art Therapy courses promoted by AATERGS from 2007, which were developed systematically in order to exchange experiences between people interested in the area and disseminate the work. We believe that experience the most different forms of artistic expression helps us prepare and organize the existential questions and emotional content, for both workshops proposed aim to stimulate therapeutic character and broaden awareness and establish the possibility of new relations between individuals. 
Keywords: Art therapy; Share experiences; Knowledge and Exchange.

Arteterapia: Más allá de las abordajes y modos de ver... un crecimiento

Resumen: En este texto presentamos la propuesta de Ciclos de Arteterapia promovidos por la AATERGS a partir de 2007, que fueran desarrollados, sistemáticamente, con la finalidad de intercambiar experiencias entre personas interesadas en el área , así como divulgar sus trabajos. Creemos que experimentar las diferentes formas de expresión artística nos ayuda a elaborar y organizar cuestionamientos existenciales y contenidos emocionales, estos talleres de carácter terapéutico propuestos visan estimular y ampliar la consciencia, estableciendo la posibilidad de nuevas relaciones a través del ejercicio creativo.
Palabras clave: Arteterapia. Compartir experiencias. Conocimientos. Intercambio.

Histórico da AATERGS:

A AATERGS- Associação de Arteterapia de Rio Grande do Sul entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, foi oficialmente legalizada 21 do mês de Julho do ano de 2003.
Surgiu por iniciativa de um grupo de arteterapeutas para representar aos profissionais de RS, a partir do Primeiro Fórum Nacional de Arteterapia realizado em Ouro Preto em 2002, incluindo-se profissionais de diversas instituições do estado. Tem como finalidade a de congregar arteterapeutas, instituições de Arteterapia bem como pessoas físicas e jurídicas interessadas na área da Arteterapia, representando-os em nível estadual, federal, nacional e internacional a fim de estabelecer intercâmbio de conhecimento, experiências, coordenando seus esforços, estudos e ações.
Com sócios vindos dos mais diversos grupos de formação e cidades do RS desenvolve um trabalho de divulgação da profissão e do trabalho de seus associados, através de Seminários, meios de comunicação, palestras e intervenções.
Junto com a Secretaria de Saúde desenvolveu em 2005, seminário junto com o Museu de imagens do Inconsciente incluindo a arteterapia na formação dos residentes na saúde mental.
Colaborando no Congresso Brasileiro de Arteterapia desde seus inícios, assim como através de representantes no Conselho Diretor da UBAAT – União Brasileira de Associações de Arteterapia – onde participa desde antes de sua Fundação, realizando ação conjunta para o reconhecimento da arteterapia no Estado, no Brasil e internacionalmente, colaborando em ações que objetivam divulgar e valorizar o trabalho da área.
Desde sua fundação a Associação de Arteterapia de Rio Grande do Sul participou com representantes:

Em :
- comissões científicas do 6º, 7º, 8 º e 9º Congressos de Arteterapia e com trabalhos apresentados,
- Ciclo de estudos,
- Semanas Acadêmicas,
- Feira de Pais Profissionais,
- Fóruns de Arteterapia

Através do boletim informativo divulga o trabalho de seus associados e de eventos relacionados com a área e afins.

         Trabalhou com afinco na organização do VIII congresso Brasileiro de Arteterapia a realizado em Canela-RS. Como resultado do trabalho cultivado ao longo da história da Associação que sempre se mostrou transparente, conseqüente e estável, tentando o diálogo aberto entre todas as abordagens e arteterapeutas que a ela se dirigiam. Por isto mantém o perfil de acolher e estimular o trabalho ciente de cada um dos arteterapeutas, divulgando os trabalhos, por meio de trabalhos apresentados em congressos e pela valorização dos mesmos, nos encontros e divulgação de seus espaços e trabalhos, apoiando pesquisas e mantendo se firme enquanto aos seus objetivos estatutários.
A AATERGS vem construindo espaços para o intercambio e troca de experiências entre arteterapeutas do estado. .
No 2007 iniciou o 1º  CICLO DE WORKHOPS E PALESTRAS com encontros teóricos e práticos de arteterapia, buscando a troca de conhecimentos e aprimoramento de todos os participantes num clima de diálogo e troca amorosa


Ciclo de Workshops e Palestras da AATERGS:

Objetivos:
- Promover encontros entre arteterapeutas, estudantes, profissionais da área da psicologia, sociologia, assistência social, artes, saúde, educação a fim de estabelecer o intercambio de conhecimentos.
- Estimular novas parcerias e o crescimento pessoal e profissional de todos/as os participantes. 
- Construir e fortalecer um espaço de discussão e transformação intra e inter-pessoal através de atividades práticas e teóricas das diferentes abordagens.
- Oferecer vivências arteterapêuticas, a fim de ampliar o autoconhecimento e a auto-expressão.

Conteúdos trabalhados:
Dentre os temas mais discutidos e relevantes abordados, durante estes ciclos, foram o desenvolvimento e reconhecimento da capacidade criadora de cada um, o reforço da identidade pessoal e profissional nessa nova área do conhecimento, pesquisa, saúde e educação.

Metodologia:
A comissão organizadora formada por membros da diretoria, Angélica Shigihara e Eliane Bruél, convidavam os sócios para se inscreverem e realizarem um workshop ou palestra que estivessem relacionados com a Arteterapia, obedecendo determinados critérios, tais como: objetivos, metodologia, desenvolvimento e bibliografia. Esta comissão contou com a colaboração de Maria Helena Piccinini e Grazziela Tomassi no apoio administrativo, e atualmente: Elisa Tesseler tem sido uma entusiasta colaboradora. 

Foram apresentados os seguintes workshops desde 2007:

- O mito de Penélope: configuração de um desejo - Elisa Tesseler.
- Resgatando a curadora: expressando o ser em sua plenitude - Márcia Azambuja Castro.
- Expressar a vida em Arteterapia através do processo sutil da respiração consciente - Maria Tereza Petrini.
- Mitologia, psicologia e Arteterapia: parceria enriquecedora - Laura Barros de Souza.
- O acidente de percurso. Como lidar em situações de conflitos e imprevistos - Kira Burro.
- Novos caminhos após uma ruptura. Lidando com a culpa - Maria Helena Piccinini e Grazziela Tomassi.
- Trabalhar a auto-estima utilizando a técnica do origami - Eliane Barreto e Magda Cunha.
- Energia vital e corpo em equilíbrio em Arteterapia - Bárbara Gehrke Rohde e Vanessa Melgare.
- Fechar e abrir, culminar e iniciar movimentos de ciclos encadeados e renovados - Angélica Shigihara.
- Criatividade e ressignificação pela Arte - Angélica Shigihara.
- Mandalas Junguianas e a natureza. (1º encontro) - Bárbara Gehrke Rohde e Laura Barros de Souza
- Mandalas Junguianas e a natureza. (2º encontro) - Bárbara Gehrke Rohde e Laura Barros de Souza
- Arteterapia e o universo masculino - Eliane Barreto.
- A beleza no universo feminino - Gislaine Canosa.
- A poesia como recurso arteterapêutico - Marilice Costi.
- Construindo um novo mundo – Gislaine Canosa.
- O processo criativo, seu novo olhar e comportamento social perante o grupo - Kia Burro.
- Tecendo emoções. Arteterapia e tecelagem- Margret Spohr.
- O poder do animal, a força inconsciente e ancestral manifestado no simbólico - Kira Burro
- Arte dos arteterapeutas – Org. AGAPE/Pelotas Daniela Meine.
- Criar na Arteterapia: tempo para si   - Angélica Shigihara.
- Co-criar: Um tempo para compartilhar - Angélica Shigihara.
- Criarmos: Tempo para construir juntos - Angélica Shigihara.

Descrição de algumas das propostas:

Oficina: O mito de Penélope: configuração de um desejo – Elisa Tesseler
            Ao refletirmos sobre o mito de Penélope e o seu fazer criativo (tecer e destecer uma colcha) percebemos por um lado a mulher passiva diante do destino e da sua condição de vida imposta pela sociedade e, por outro lado, uma mulher provida de um instrumento de poder como o tear, com o qual pode construir e desconstruir seus objetos de desejo, respeitando seu tempo de amadurecimento.
            Na tecelagem, “o símbolo do fio é, essencialmente, o agente que liga todos os estados da existência entre si, e ao seu princípio”. Para que a ligação se faça, é necessário, no entanto, um fazer passo a passo, construindo-se uma trama que se origina do movimento e do ritmo do vaivém da lançadeira sobre o bastidor.
Cabe à mulher em seu “fazer-em-se-fazendo” criativo, com seus fios, o sutil domínio dos mundos (consciente e inconsciente), uma vez que a tensão dos fios prevê o equilíbrio. O movimento destes na urdidura é o discurso da causa e do efeito, da interdependência na vida.
O conto da escritora Marina Colasanti  A moça tecelã retoma o mito de Penélope “quentes lãs iam tecendo hora a hora um longo tapete que nunca acabava... tecer era tudo que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer” (Colasanti, 1999, p.9-10).  Seu tear mágico constrói e reconstrói a realidade conforme seu desejo. Ao sentir-se só, pensou em casar, teceu um homem, uma nova casa para os dois, entre outras coisas necessárias à sua nova situação, ao novo tempo. E quando o casamento não mais correspondia a seus anseios, ao anoitecer, enquanto o marido dormia, sentou-se ao tear e  o desfez, bem como a casa que tecera para os dois.
A mulher que reconhece seu potencial criativo adquire o poder de fazer e refazer, gerando vidas, formas e desenvolvendo sua capacidade de formatar novas perspectivas e possibilidades. Para tanto, é necessário dispor-se a tais empreendimentos: o de perceber-se a si mesma como um ser único e político, capaz de participar ativamente e criativamente de sua própria vida. Apoderar-se de seu tear, questionar, dar forma às suas sensações, percepções, conceitos, tornando-os visíveis e concretos em suas criações; o quê constrói sua subjetividade.
Objetivo:
Identificar e dar forma a um desejo do passado que não condiz mais com a realidade atual, desconstruindo-o e tecendo, em uma nova forma expressiva, artística e simbólica, um novo desejo a realizar-se, através da exploração criativa de recursos expressivos: tecelagem e literatura.
Método:
1 - Exercícios corporais e de respiração que estimulassem a consciência de si, do outro e do espaço, usando recursos musicais.
2 - Contação do conto: A Moça Tecelã, de Marina Colasanti às participantes, então deitadas em um colchonete.
3 - Após ouvirem a estória e saírem deste momento de sensibilização, as pessoas foram convidadas a usarem os materiais expressivos (linhas, lãs, telas de bordar, agulhas, fitas coloridas, tesouras, etc.) para tecerem a representação simbólica de algo que não lhes servia mais.
4 - Logo após, em duplas, trocaram experiências.
5 - Novamente, no centro da roda, desfizeram parte ou o todo do que construíram e (re) criaram no mesmo suporte e com os mesmos materiais a configuração de um novo desejo.
6 - Apresentação e comentário no grande grupo do processo vivido.
Considerações Finais
Ao lermos ou ouvirmos uma estória ou poema, podemos nos perguntar o quê tais textos têm para nos dizer. A literatura nos comunica algo subjetivo e provoca-nos um diálogo com a nossa imaginação. À medida que deixamos que os elementos e “o clima” das histórias penetrem em nós, entramos em seu ritmo, seu compasso e respiramos com a palavra. E ao nos deixarmos conduzir por sua trama, seu enredo, tomamos para nós seu espaço simbólico; onírico, da fantasia, do subjetivo, do metafórico, o que nos ajuda em nosso processo de individuação.
As relações que daí se estabelecem possibilitam ações criativas, com cores, linhas e formas em um plano significativo de ressonâncias.

Oficina nº 7 – 2007 - Fechar e abrir, culminar e iniciar movimentos de ciclos encadeados e renovados: Angélica Shigihara.
            No final de cada ano, há uma agitação provocada por eventos e compromissos sociais e laborais que aumentam o nível de stress. É nesta época que se faz necessário criar um momento especial, onde haja um encontro consigo mesmo, analisando-se metas atingidas e por atingir. E se permitir prever a visão de um novo ciclo com expectativas internas e externas, próprias e/ou coletivas.
Objetivos:
Reservar um tempo e um espaço para refletir e elaborar a passagem do ano por meio de propostas criativas e recursos expressivos, trabalhando materialmente as dificuldades e os progressos já atingidos; oportunizar o crescimento pela tomada de consciência das etapas vivenciadas, estimulando a redescoberta das fontes de energia, alimentando os subsídios internos de cada participante.
Descobrir imagens, cores, formas que emergem das emoções, a partir de um momento de relaxamento e reflexão sobre o momento específico do final de ano e propiciar situações voltadas para ampliação da auto-estima.
Metodologia:
1 - Relaxamento/sensibilização
2 - Reflexão sobre o convite para esta proposta, sobre os encontros anteriores do Ciclo, as expectativas do ano e os objetivos propostos para um novo momento.
3 - Visualização de aspectos que nos chamam a atenção em formas, idéias e símbolos e destacá-los, usando pranchas de celulose branca e percebendo ainda como nossos sentimentos vêm à tona.
4 - Experimento e observação das possibilidades e limites do manuseio destes materiais.
5 - Uso da criatividade e de elementos da arte (areias coloridas, brilhos, cola, tesoura, papel celulose) propondo uma colagem e/ou montagem da construção de objetos que surgem a partir da sensibilização e contato com o material.
Considerações Finais:
Num convite aberto para o público em geral, participaram arteterapeutas formadas, outras em formação e pessoas sensibilizadas pela temática proposta e que entraram em contato pela primeira vez com a Arteterapia. Todas, mulheres, participaram abertamente sem inibição, num clima de respeito e envolvidas no fazer e na escuta. Os materiais oferecidos, diferentes ou inéditos promoveram surpresa e inquietude. Foram criados ninhos, caixas e recipientes fechados e abertos. Alguns com elementos dentro, outros vazios e todos provavelmente plenos de conteúdos emocionais. Pode-se observar, através da fala das participantes, que houve um resgate e renovação de energias para um novo ciclo.

Oficina nº 6 –  2008 -  A poesia como recurso arteterapeutico: Marilice Costi.
Na atividade proposta, utilizou-se a técnica da Caviardage (LAMAS; HINTZ, 1997 apud DUCHESNE, A. & LEGUAY. 1990) que consiste no processo (in) consciente de escolha de alguns vocábulos existentes num texto dado. Este processo gera desconstrução e reconstrução uma vez que o participante risca, remove, tira do campo de visão, todas as palavras que não possuem significado a ele e num segundo momento constrói um novo texto com as palavras restantes.
Objetivos:
Compreender um processo singular de escrita poética, exercitar limpeza textual e compreender-se no processo.
Método:
1 - Respiração profunda para estabelecer desconexões com o momento anterior ao momento da oficina.
2 - Leitura do texto Uma folha em branco.
3 - Apresentação com uma cartela onde são colocados: o nome do participante ao centro e nos demais cantos, itens que tenham a ver com ambientes tais como: meu ambiente preferido, elemento preferido no ambiente, sentimento em relação ao ambiente, algo que diz de si próprio. Elementos que podem ser estabelecidos de outra forma -   SOGRALAHADOS 302 bloco b funcionam como uma introdução ao tema.
4 - Leitura de frases de Rilke (1966) e Costi (2004) sobre o processo de escrita.
Entrega do texto Gente para uma leitura em voz alta.
Solicitação de exclusão de frases, vocábulos, sílabas, letras ou outros sinais de pontuação - o critério é individual foi utilizando-se caneta hidrocor de cor escura, removendo-as de seu campo visual.
Reescrever um texto próprio através das partes, palavras, letras, sílabas, pontuações não rasuradas, sem qualquer acréscimo ou alteração.
Leitura de cada um dos textos produzidos.
Opinião dos participantes e o encerramento da atividade pela arteterapeuta ministrante da oficina.
Considerações Finais
O ato de leitura de um texto desconhecido tem relação com ver, absorver, compreender, apreender, articular idéias pré-existentes e formar novas conexões. Remover excessos é retirar o que não serve: as palavras desnecessárias. Fazer a “faxina” é desconfortável para qualquer escritor, mas fundamental para qualificar um texto. 
A escrita mobiliza processos inconscientes, justificando então a sua importância para a Arteterapia. Exercitar a limpeza textual, o ato de refazer e  depois a compreensão do próprio processo de escrita desenvolvem potenciais adormecidos, ampliam o autoconhecimento e a compreensão sobre si mesmo.
O processo arteterapêutico consiste na possibilidade de se reconhecer na própria escrita e assim, ordenar o próprio pensamento. Uma oficina de escrita arteterapêutica não exige jamais técnica associada a estética, porém os participantes poderão buscar clareza e estética no seu texto, exigindo de si o quanto puderem.
A linguagem é facilitadora da comunicação; a escrita é visual, é concreta, provoca catarse e a partir daí poderão advir outros insighs. A mensagem, depositada na folha, aguarda sempre um  reconhecimento ou um momento para partilhar. Quem escreve, reconhecerá muito de si em sua escritura, por isto pode ocorrer maior autoconhecimento. Através da escrita também se estabelece a questão da comunicação consigo mesmo no ato de escrever ,assim como a comunicação com o outro, no momento de ler.

Resultados do Ciclo:
Nos Ciclos de Arteterapia (2007/2010), houve participantes de todas as áreas propiciando o constante incentivo ao diálogo. Participaram diversos profissionais e interessados na arteterapia, possibilitando discussões importantes e a troca efetiva de idéias. Além disso o estabelecimento de novas parcerias e o aumento de números de sócios/as e simpatizantes atingiu uma das propostas da AATERGS.
A partir deste projeto, a Arteterapia vem sendo consolidada no estado do Rio Grande do Sul e dentre os temas mais discutidos e relevantes estão questões éticas, práticas e teóricas, a identidade profissional e seu campo de abrangência.
           
Registro fotográfico: na publicação dos seguintes momentos:
- O mito de Penélope: configuração de um desejo - Elisa Tesseler.
- Resgatando a curadora: expressando o ser em sua plenitude - Márcia Azambuja Castro.
- Expressar a vida em Arteterapia através do processo sutil da respiração consciente - Maria Tereza Petrini.
- Mitologia, psicologia e Arteterapia: parceria enriquecedora - Laura Barros de Souza.
- O acidente de percurso. Como lidar em situações de conflitos e imprevistos - Kira Burro.
- Novos caminhos após uma ruptura. Lidando com a culpa - Maria Helena Piccinini e Grazziela Tomassi.
- Trabalhar a auto-estima utilizando a técnica do origami - Eliane Barreto e Magda Cunha.
- Energia vital e corpo em equilíbrio em Arteterapia - Bárbara Gehrke Rohde e Vanessa Melgare.
- Fechar e abrir, culminar e iniciar movimentos de ciclos encadeados e renovados - Angélica Shigihara
- Criatividade e ressignificação pela Arte - Angélica Shigihara.
- Mandalas Junguianas e a natureza. Bárbara Gehrke Rohde e Laura Barros de Souza
- Arteterapia e o universo masculino - Eliane Barreto.
- A beleza no universo feminino - Gislaine Canosa.
- A poesia como recurso arteterapêutico - Marilice Costi.
- Construindo um novo mundo – Gislaine Canosa.
- O processo criativo, seu novo olhar e comportamento social perante o grupo - Kia Burro.
- Tecendo emoções. Arteterapia e tecelagem- Margret Spohr.
- O poder do animal, a força inconsciente e ancestral manifestado no simbólico - Kira Burro
- Arte dos arteterapeutas – Org. Daniela Meine.
- Criar na Arteterapia: tempo para si   - Angélica Shigihara.
- Co-criar: Um tempo para compartilhar - Angélica Shigihara.
- Criarmos: Tempo para construir juntos - Angélica Shigihara.


Referências

ALENCAR, E. M. L. S. Como desenvolver o potencial criador. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
 CHOMSKY, N. Linguagem e mente. Brasília: UNB, 1998. 
CIORNAI, S. Percursos em Arteterapia, vol.1, 3. São Paulo: Summus 2004. 
COSTI, M. Sala de aula, arquitetura, corpo e aprendizagem. Porto Alegre: Textual, nov. 2005. p.14-21. 
COSTI, M. Oficinas de Poesia: a palavra como recurso arteterapêutico. Monografia do Curso de Especialização em Arteterapia. ISEPE, Faculdade Marechal Cândido Rondon, 2004. 
COLASANTI, M. Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento. Rio de Janeiro: Global, 2000. 
DUCHESNE, A. & LEGUAY, T. La petite fabrique de littérature. Paris: MAGNARD, 1990. 
GARDNER, H. Mentes que criam. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. 
LAMAS, B. S; HINTZ, M. M. Oficina de criação literária: um olhar de viés. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997. 
MAY, R. A coragem de criar. São Paulo: Nova Fronteira, 1982, 2 e. 
RILKE, R. M. Cartas a um jovem poeta. Porto Alegre: Globo, 1966. 6 e. 
VERÍSSIMO, L. F. Gente. Porto Alegre: ZERO HORA. Porto Alegre, 6 nov. 1994. 
Uma folha em branco. <http://www.sprgs.org.br> em 07/10/2005


[1] Arteterapeuta, artista plástica, professora de desenho e educadora infantil. Fez curso de Capacitação em Educação Especial: área das altas habilidades na UFRGS e Especialização em Arteterapia. Mestranda em Docência Universitária pela UTN-Buenos Aires. Realiza projetos nas áreas das Artes, Cultura, Arteterapia e Educação com professores, terapeutas, crianças, adolescentes, adultos e idosos, no desenvolvimento do talento e criatividade em diversas áreas e instituições. Coordena o curso de formação em Arteterapia no INFAPA-POA, onde é supervisora e professora. Presidente da AATERGS. Membro do Conselho Diretor da UBAAT. Membro do Conselho Brasileiro para Superdotação/ Altas Habilidades-ConBraSD e da Federação Ibero-Americana do World Council for Gifted and Talented Children-Ficomundyt. Secretária e Membro do Conselho técnico da AGAAHSD.Tem experiência como educadora, formadora e arteterapeuta com adultos, adolescentes, crianças, estudantes de graduação e profissionais no desenvolvimento da criatividade, altas habilidades, expressão, sensibilização e relações interpessoais. Foi consultora da UNESCO para o MEC, na Unidade do Aluno do NAAHS-RS. www.arteterapiacreatividad.blogspot.com

[2] Eliane Bruél: graduada em Artes Plásticas pela ESASC (Escola Superior de Artes Santa Cecília) em 1991 e pós-graduada em Arte-educação pela UNIVALE (Universidade do Vale do Jacuí) em 1992, em Cachoeira do Sul/Rs, neste período atuou no grupo de teatro Verso Explicito. Artista há mais de vinte anos, usa como recurso expressivo desenhos, instalações, assemblage, vídeos e performances em cidades do interior do RS, Porto Alegre, Vitória, Buenos Aires, Chile, Malásia, Canadá e Madrid. Especialista em Arteterapia pelo INFAPA/ 2005, desde quando tem evidenciado sua presença ativa em vários Congressos, Seminários e Workshops. Trabalha com diferentes públicos e idades e em diferentes contextos. Durante dois anos atuou como Arteterapeuta do CAPS AD do Hospital Conceição. Desde 2007 faz parte no Espaço Arte Ciência do grupo de estudos sobre vida e obra de C.G.Jung o que lhe possibilita ampliar seus conhecimentos e dar ênfase ao Método da Imaginação Ativa em sua abordagem. www.macromicroarte.blogspot.com.br; www.espacoarteciencia.com.br

[3] Elisa Averbuh Tesseler: Arteterapeuta pelo INFAPA-2002. Pós-graduação em Poéticas Visuais Ensino de artes, FEEVALE /RS. Pós-graduação em Literatura Infanto-juvenil Fapa/RS. Professora de Língua portuguesa e Literatura na SMED/POA há 22anos. Coordenação e criação  Atelier de Arteterapia do Residencial de idosos Lar Mauricio Seligman por 8 anos. Desenvolve, em parceria com os serviços de orientação da escola, projeto inovador na Rede de Ensino Fundamental de Porto Alegre, junto a EMEF Prof. Anísio Teixeira, atuando como arteterapeuta com as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem e relacionamento, com possibilidades de atendimento individualizado. Participa em congressos e seminários, encontros universitários e de Formação para professores e estagiários junto a SMED/POA e em diferentes localidades, propondo o estimulo ao desenvolvimento da criatividade como fonte de autoconhecimento e crescimento interpessoal. Desenvolve há mais de 10 anos pesquisa teórica, plástica e poética sobre questões essenciais do feminino, procurando relacionar a Literatura com o Fazer artístico tanto nas oficinas arteterapêuticas que desenvolve como  na criação de significativos objetos artísticos e adornos como design de jóias. www.elisa-tesseler.blogspot.com
 Publicado na Revista Científica de Arteterapia Cores da Vida. ISSN: 1809-2934  Ano 5 - Volume 8  -  Número 8  -  Janeiro – Junho  -  2009. Disponível em: http://www.brasilcentralArteterapia.org - Associação Brasil Central de Arteterapia -

quarta-feira, 18 de abril de 2012

COMO TORNAR-SE SÓCIO DA AATERGS

Se desejar fazer parte da AATERGS, por gentileza enviar por correio ou entregar em mãos, para analise:

- a ficha de inscrição preenchida que consta em nosso site www.aatergs.com.br
- curriculo atualizado com dados da formação/histórico curricular/ aprimoramento/ atividades na área de arteterapia, saúde, educação, artes.
- cópia de CPF e RG
- certificado ou diploma de formação em arteterapia ou atestado de aluno regular em curso que seguem os parâmetros da UBAAT. (Com dados das disciplinas e professores responsáveis, assim como nome do Coordenador pedagógico)

Enviar por email:
- foto atual digital (rostro)
- se tiver: blog de seu trabalho. (para fins de divulgação)

Uma vez aprovada a admissão de sócio: realizar o pagamento da anuidade, os dados da conta serão enviados por email.